“o belo é o começo do terrível que nós, humanos,
podemos suportar…”
Schelling
Na arte, o belo é consecutivamente, e de forma sistemática, enfatizado. Face a tal, Freud apresenta-nos, aliás, confronta-nos, com o conceito de Unheimlich, referindo-se àquilo que consideramos estranho apesar de apresentar algum grau de familiaridade, no entanto, consideramo-lo sinistro, macabro até.
Posto isto, proponho-me a abordar o estranho, o inóspito, o sinistro, o macabro, num claro confronto com a beleza fotográfica clássica. Tratando temas como a mendicidade, a morte (decomposição cadavérica), os cultos (religiosos), o fetichismo, e algumas trivialidades (pessoas e/ou lugares).
Este trabalho tem como principal intuito mostrar a beleza que se esconde no macabro, desvendando a sua poesia latente, acalentando ainda compreender as significações e inquietações que provoca nos observadores.
“essa espécie de sensação de susto que adere
às coisas conhecidas e familiares…”
Freud